A maneira como aprendemos mudou incrivelmente. Tudo mudou para o cenário virtual e a Internet desempenha um papel fulcral, mais ainda desde que todos ficámos em casa e com mais atenção a este mundo virtual. Existem inúmeras entidades e plataformas que facilitam o acesso a cursos online e a materiais pedagógicos, mas existem três grandes tendências que devem estar no radar de todas as incubadoras e incubadas, que estão a transformar o e-learning para além dos cursos online.

“Micro Conteúdos”

É certo que os cursos online que oferecem certificados ou diplomas são bastante conhecidos. Algumas das plataformas mais conhecidas são o Coursera, Udemy ou edX que oferecem uma série de cursos e conteúdos de Universidades prestigiadas, como Yale ou Harvard, o que se torna bastante aliciante, por um preço bastante inferior ao real ou até mesmo grátis. Mas existem outros tipos de experiências de aprendizagem, como a autodidata, isto é, aprendizagem mais personalizada ao indivíduo, como ler artigos, assistir a vídeos, ou assistir webinars, tudo sobre os mais variados temas, que podem consultar sempre que necessário, de acordo com as suas necessidades. O Youtube, o Medium e outras fontes de conhecimento vieram ajudar muito à tendência desta nova experiência.

Deixamos algumas sugestões de canais do Youtube, que abordam os mais diferentes tópicos:

• VOX - focado em temas da atualidade (mas não só), esta entidade desconstrói questões de forma a que o “espectador” os compreenda da melhor forma.
• The Nerdwriter - este canal analisa as técnicas usadas em peças de escrita - guiões, discursos, artigos - e como estas afetam a população.
• The School of Life - um canal dedicado a variados temas, desde questões filosóficas ao funcionamento do capitalismo e a noção de trabalho, explicando-as de forma a serem melhor compreendidas.
• In a Nutshell - “em suma”, explica diferentes temas, através de animações e de uma linguagem fácil de entender
• Healthcare Triage - para aprender mais sobre saúde, com um médico verdadeiro

Estes “micro conteúdos” permitem que as pessoas, os colaboradores, fiquem mais motivados para aprender. Esta altura de maior adesão ao trabalho remoto veio comprovar que existe uma tendência para procurar conteúdos de aprendizagem que irá ajudar a colmatar qualquer lacuna que possa existir em termos de performance a nível laboral. A procura de ferramentas ajudem a evoluir e a melhorar as competências, são as ideais.

“Soft Skills”

Enquanto as competências técnicas ainda são uma espinha dorsal do e-learning, a ascensão da AI, automação, e outras tecnologias significa que as incubadoras e outras organizações também devem aperfeiçoar as “soft skills”, isto é, o lado "humano" do trabalho.

Aprender a melhorar interações cara-a-cara, criar uma maior e melhor rede de contactos (networking), e, até, assumir algumas competências de mentoring, caso queira saber mais sobre ou se se encontra numa posição de responsabilidade. Após 6 semanas de confinamento, a aprendizagem destas habilidades pode ser bastante proveitosa ao se porem em prática.

Programação

Uma das maiores procuras, em relação a cursos online, é a programação. Linguagens básicas como HTML e CSS são apenas a rampa de lançamento para linguagens de caráter mais avançado como Python.

Com a evolução da tecnologia e, consequentemente, dos postos de trabalho emergentes, mais pessoas se focam em aprender programação e outras “habilidades” tecnológicas, como modelagem de dados. Estão cada vez mais plataformas, cursos ou vídeos disponíveis sobre esta temática, como a CodeAcademy ou a SheCodes.

Estas novas realidades de aprendizagem significam que, à medida que se tenta desenvolver uma cultura de aprendizagem, como o e-learning, mais aparecem diversas fontes de obtenção de conhecimento, apenas é preciso escolher um tópico, uma skill e procurar a plataforma, curso, artigo ou mesmo vídeo que mais se adequa à sua forma de aprender.